Como se Vestir Bem em Tempos de Crise

Como se Vestir Bem em Tempos de Crise

 

Há umas duas semanas, eu estava num evento de moda, em São Paulo, com pessoas de peso do setor, desde a indústria até formadores de opinião e uma coisa foi unânime: ESTAMOS EM CRISE, ACREDITE!

E a crise não é só financeira, não. Estamos passando por um período de crise de valores, crises pessoais que vão muito além do dinheiro. Hoje em dia, ostentar é algo que está completamente fora de moda, enquanto que ser sustentável e consciente só faz de você uma pessoa mais interessante. E como fica nosso guarda-roupa no meio desse furacão? Por que a primeira coisa que a gente faz (ou pelo menos deveria fazer) é repensar nossos gastos, certo?

Sem radicalismo. Não é privação, é priorização! Não precisa parar de comprar, mas também não precisa sustentar a indústria sozinha. Quando eu falo em repensar, falo em pensar nas roupas como um investimento e assim as compras começam a ter outro significado. Como? Como quando você investe seu dinheiro no banco. Você pensa bem antes, avalia o melhor retorno, quanto vai investir por mês. Assim tem que ser com uma peça de roupa, tem que pensar o quanto ela vai durar, qual retorno ela vai te dar além de te deixar linda (óbvio!) e satisfazer seu impulso. Aqui vão alguns conselhos para ajudar você nessa jornada:

1- Não compre por impulso:

Só compre peças que combinem com várias outras do seu guarda-roupa. Pense em coordená-las com aquelas que estão esquecidas no fundo do armário e mais importante, essa peça nova, deve poder ser usada em várias ocasiões, das mais formais às informais;

2- Invista em peças atemporais:

São roupas que não vão sair de moda tão cedo. Neste caso, vale até pagar um pouco mais pela qualidade, pois essa roupa deve durar muito. Um bom casaco, uma calça preta com bom corte ou uma camisa branca de caimento perfeito, são ótimos exemplos;

3- Só compre aquilo que você amar muito:

Desde um chinelo, a uma jóia. Sinta que aquilo vai trazer uma grande contribuição na sua vida (não é compensação emocional, héim!). Por exemplo, de que vale andar com um sapato lindo, que machuca os pés, mas que você comprou só porque estava na promoção?

4- Tenha paciência e espere pelas liquidações:

Quando muitas roupas passam a valer de fato o que deveriam custar. Fique de olho no comercio online, pois sempre tem boas propostas por lá, também. Mas lembre-se sempre: só compre o produto que você estaria disposta a pagar pelo preço cheio, fora da liquidação!

5- Quebre o preconceito de repetir roupa:

Coco Chanel já dizia que para ser bem vestida só precisava de 2 conjuntos de terno, então por que ter vergonha de repetir? Mude o acessório, os sapatos, a bolsa, customize (aliás, já falamos sobre isso, por aqui) e pronto;

6- Por fim, conheça você mesmo:

Conheça seu corpo, suas proporções, seu estilo de vida e seus objetivos. Isso ajuda na hora de avaliar suas compras e evita que você compre coisas que jamais vai usar.

6 Perguntas infalíveis na hora de comprar:

Eu já tenho algo parecido com ISSO?

Posso mudar algo que já tenho para ficar parecido com ISSO?

Onde poderei usar ISSO?

Eu realmente preciso DISSO?

É claro que quero ISSO agora, mas o que queria antes de sair de casa?

Do que terei que abrir mão para gastar dinheiro com ISSO?

Fonte: livro “A Estratégia de Estilo”, Nina Garcia

 

Espero ter ajudado você a plantar a semente do consumo consciente na sua vida, pois além de estarmos de bem com a vida, não há nada melhor que estarmos de bem com nossa conta bancária e o planeta também, mas isso é assunto para um outro post.

ps: lembre-se sempre que aquilo que não serve para você, pode ser exatamente o que uma outra pessoa procura, então que tal promover um encontro de desapegos e trocas com as amigas, ou no seu condomínio, com as mães da escola das crianças? Aliás, isso é super bacana principalmente para a idade infantil, onde se perde muita coisa rapidamente e assim podemos repor sem gastar nada!

Beijos, da Mari

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